quarta-feira, 18 de abril de 2012

Politicagem Corporativa - Sorrisos Amarelos?


Escrevi este post de de um evento que ocorreu hoje mesmo, num hotel na Vila Olímpia, onde quase 99% dos participantes são homens, vestidos com terno e gravata, a maioria sem o menor estilo diga-se de passagem, num ar condicionado tão forte que minha pele estava roxa, meu nariz duro de tão gelado e a concentração baixíssima no interlocutor.

Apresentações em português, em inglês e espanhol. Imaginem: mexicano falando inglês, americano no portunhol com intervalos do português clássico, falando de produtos que conectam com segurança todo esse mundinho que conhecemos como internet, mas que eu, e todos deste mercado, familiarmente, chamamos de rede ou network.

O evento começou às 8:30 da manhã e iria até às 18:00, mas às 13:00 eu levei o 4º corpo feminino, o meu (num vestido preto fofo, tenho que dizer!) para trabalhar, acreditem!! Fiz minha parte na social, com cordialidade e sorrisos, alguns amarelos, outros não, falei com meus principais clientes, fomentei mais um no Rio (UEBA!) e fui boazinha com o fabricante que fez o evento (Tá, eu gosto deles! São legais!).

Não só no meu mundo corporativo, mas em todos, seja em qualquer ramo, cargo, departamento, a política de se socializar é extremamente importante e definitivamente traz resultados, mesmo que muitas vezes seja um porre fazer esta "social". Mas realmente funciona, e o resultado vem com projetos fechados, futuros parceiros em negócios, lembranças numa indicação de emprego, o famoso Networking.

E isso se aplica a outras áreas da vida também, seja com amigos ou com a família, podem ter certeza.

Há alguns dias atrás, fiz um Clube das Luluzinhas em casa, chamei algumas amigas e, claro, óbvio, esqueci de várias que depois de virem alguma foto rolando pelo Fabebook me questionaram bravas. A desculpa poderia ser pelo fato de realmente não caberem mais de 10 pessoas (bem apertadas) em minha sala, mas o fato é que a falta do "social" com algumas amigas, não me fez lembrar delas. Dói dizer, mas é verdade. A falta de contato diário ou, no mínimo, semanal, faz a gente esquecer. 

Andei analisando, e sindo saudades de muitos amigos de infância, da faculdade, de antigos empregos, de amigos de blogs que a rede uniu de alguma forma. Sinto saudades do meu irmão que está viajando por aí novamente, da minha sobrinha que mora longe, das cus (cunhadas, calma), sogros, do meu pai que não falo há mais de um ano (por motivos que dariam um livro com muitas páginas). Saudade do meu trio de primas tão queridas que o tempo, ou a falta dele, impede de pelo menos conversarmos que seja por telefone.

Devo dizer que sou um tanto relapsa, pois deixo para depois. Mas é triste, pois o depois vai passando e os dias também, e anos, e envelheço com a possibilidade de ter me divertido mais, amado mais, vivido mais, aprendido mais com cada um.

Acho que vou divulgar você, blog. Vai que esta saudade diminui um pouquinho?

É...momento nostalgia.

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