sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Para tirar a poeira...

Há quanto tempo não passo por aqui. Uma vergonha... Abril de 2012 foi o último post!!! Lamentável Evelyn, lamentável! Chega a ser vergonhoso! rs... 

Muita água rolou nestes meses, aliás, neste ano que passou. Eu sou intensa em tudo que faço então muita coisa acontece em pouco tempo e só depois de fazer um balanço percebo isso. O motivo, aliás, motivos, da ausência de hemorragia de palavras aqui são os que seguem abaixo, nesta exata ordem:

- Casamento;
- Lua-de-mel por 30 dias;
- Gravidez;
- Obras no apartamento novo;
- Nascimento do meu pimpolho;
- Vida de mãe.

Sim, tudo isso aconteceu desde agosto passado e conversando com meu marido nem acreditamos que conseguimos realizar tanta coisa em pouco tempo. Vou tentar resumir tudo isso e peço desculpas pelo longo post que este promete ser.

No casamento: planejamento sem stress, sem grandes dúvidas de escolhas, sem muitas frescuras, sem muitos convidados. Mas com muito bom gosto, diga-se de passagem (hehehe). Simples e bonito. E o melhor, recheado de pessoas que amamos e que nos amam. Essa fez a diferença na festa que durou 6 horas. Nada deu errado, nada estava fora do lugar. Do início ao fim. Foi um dos dias mais felizes das nossas vidas e aproveitamos cada minuto. O casamento foi só um símbolo do que já dava certo há quase 3 anos, morando juntos. A festa TINHA que acontecer para comemorarmos o que somos hoje.

Na viagem: sucesso absoluto no roteiro e harmonia do casal. Conhecemos um pouquinho de 3 países - França, Itália e EUA. Aliás, pode-se dizer 4, pois Mônaco é um país. Ah, 5! Vaticano, embora minúsculo, também é um país. Foram 30 dias em que eu e meu marido convivemos 24 horas por dia. Sucesso em harmonia pois discutimos uma única vez. E a culpa foi minha, óbvio. TPM é uma desgraça. Mas não receber nenhuma ligação e não me obrigar a ler emails, relaxou minha cabeça que é uma beleza. Não dá para dizer a mesma coisa do corpo. O cansaço físico compensou a mente espairecida. Andamos MUITO e valeu a pena. No fim da viagem, um susto com o furacão Sandy. Nos despedimos de Nova Iorque horas antes dele chegar, tensos e felizes por conseguirmos partir a tempo.

E a gravidez: paramos de nos prevenir assim que viajamos. Um filho é algo que queríamos muito, por isso o casamento e a longa viagem. E desconfiamos na volta para casa de NY, pois foi MUITO estranho acordar do nada com um enjôo sem motivo aparente. Atraso de 5 dias na menstruação, teste de farmácia feito e com resultado negativo. Poderia ser só coisa da cabeça né? Mas continuei com mais uma semana de atraso e fomos para a agulhada mesmo que no mesmo dia comprovou: nos tornamos pais!!! A gravidez rolou numa boa, com enjôos horrorosos nos 3 primeiros meses, descobrimos que seria um garotão chamado Lucca, um susto com um exame dele que no final deu certo, meu peso controladíssimo e uma barriga gigantesca. No último mês, uma vontade incontrolável por doces, comecei a comer por 2 bem no finalzinho. Engordei 14 kilos!! Claro que muito estava na barriga e também no líquido retido neste último mês... mas 14 kilos!!! E o medo de não voltar ao peso original de 54 kilos??

Apartamento novo e obras: com a chegada do Lucca, precisávamos de um espaço maior, visto que onde morávamos o segundo quarto mal dava para minhas roupas, bolsas e sapatos. Mudamos para uma cidade próxima de SP, compramos um apartamento MUITO LEGAL e iniciamos a obra apara deixar ele a nossa cara. Que stress!!! Arquiteta que não adiantou de nada, fornecedores que não cumprem prazos, grana que foi ficando curta, mas conseguimos! 4 meses de obra e eu com 8 meses, nos mudamos. Isso já era início de junho!

Nascimento do Lucca: gostaria muito de ter tido parto normal, mas chegou a 40ª semana e nada de contrações, dores, bolsa, nada. O Lucca estava quentinho e não estava a fim de sentir na pele o inverno em SP... mas, dia 17 de julho chegou e então foi na faca mesmo. O dia mais feliz de nossas vidas, com certeza absoluta. Me dá vontade de chorar de novo de lembrar da emoção ao ouvir o choro do Lucca, de ver pela primeira vez seu rostinho e de senti-lo em meus braços. Nossas vidas renasceram com ele e agora, mais que nunca, tudo faz sentido. O Lucca é o amor materializado entre eu e meu marido. Nasceu com 49 cm e 3.845 Kg. Lindo, modéstia a parte. Caprichamos na fabricação!

Vida de mãe: nada fácil gente, é sério. Amamentação então, não tem glamour nenhum! Tiro o chapéu para as mães que tem mais de um filho, cuida da casa, faz o almoço, amamenta e ainda conseguem não ter olheiras. O Lucca está com um pouquinho mais de um mês e até agora estou em adaptação. A primeira semana eram dois pandas de pijamas, eu e meu marido. Aí o leite não desceu, tive uma crise existencial e chorei 2 dias sem parar pois meu filho estava com fome e eu não tinha como alimentá-lo. Tive que complementar, tomar remédio para o leite descer e me acalmar. Ainda não tenho leite suficiente para o Lucca, e mesmo querendo muito, não consigo amamentar meu filho, pois ele já prefere a mamadeira que é muito mais fácil para saciar sua fome. TPM de 9 meses retida, toda esta adaptação de estar 100% a disposição de um bebê lindo, tudo a flor da pele, mas efetivamente, não há palavras para descrever a alegria de gerar um bebê, da descoberta de ser mãe. Com certeza compreendo muito mais minha mãe hoje, minha sogra, minhas amigas mães. É um amor tão sem medida, tão inexplicável... 

O objetivo agora é viver melhor este tempo que não para. Viver mais feliz, viver com bom humor, com saúde, com amor ao próximo, com a família querida, com os amigos bem próximos em meus dias, com bons livros na cabeceira da cama. Viver com mais água, com exercícios (saco!!), com mais calma, com mais paciência, com mais responsabilidade ao meio ambiente. O objetivo daqui pra frente é ser alguém melhor nos minutos, nas horas. É ser mais cordial, é ser mais ser humano de verdade. Quem sabe escrever um livro de poesias ou um livro de porcarias? Quem sabe fazer artesanato, corte e costura ou jardinagem? Quem sabe?

A vida passa tão depressa... e eu quero mais é ser MAIS feliz ainda!

Blog, me perdoa. Eu voltei!

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